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Figuras de linguagem – o que são e como funcionam

As figuras de linguagem são meios de se expressar no português. A principal característica dessa forma de comunicação é a não literalidade. Ou seja, o que é dito não deve ser interpretado ao pé da letra.

Portanto, a utilização de figura de linguagem serve muitas vezes para ilustrar o que é dito, trazer uma analogia ou uma maneira mais plural de dizer alguma coisa. Ainda está confuso?

Leia até o final e tire todas as suas dúvidas sobre esse assunto.

Entenda o que são as figuras de linguagem

As figuras de linguagem são o contrário direto do formato denotativo de comunicação.

Enquanto a forma denotativa não permite uma interpretação diferenciada daquilo que é dito, as figuras de linguagem agem de forma mais plural.

Por exemplo:
O amor é fogo que arde sem se ver.
A frase clássica não diz que o amor é literalmente um fogo que arde sem se ver. Ela apenas faz uso de uma figura de linguagem que tenta ilustrar de maneira mais poética e lúdica a força devastadora de um amor.

Tipos de figuras de linguagem

É importante saber que existem diferentes tipos de figuras de linguagem. Compreender as diferenças entre eles ajuda bastante a ter uma noção mais clara de como e quando utilizar cada modo expressivo.
Figuras de palavras ou semânticas:
São figuras de linguagem usadas de maneira a alterar o sentido das palavras. Alguns exemplos são as comparações, metáforas, metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.

Metáfora:

A metáfora usa a comparação de palavras alterando seus significados. Muitas vezes os conectivos estão subentendidos na frase (tal qual, como etc.).
• A vida é um sopro.
• Marcia é um anjo.
Comparação:
Nesse modelo os conectivos aparecem na frase de maneira explicita. Veja os exemplos:
Seus olhos são como jabuticabas.

Metonímia:

Nesse caso consideramos uma parte como o todo. Ou seja, alguns termos são ocultados, mas ainda assim entendemos o significado.
• Ela ama ler Shakespeare.
Ou seja, ela ama ler as obras do autor, não o autor.
Catacrese:
Empregamos aqui uma palavra que tem significado diferente, por falta de uma mais adequada.
• Ela embarcou no voo.
Embora “embarcar” seja, na verdade, sobre “barcos”, não há outra palavra equivalente para avião.

Sinestesia:

Na sinestesia usamos uma sensação típica de um sentido para outra finalidade. Exemplo:
• Seus olhos eram frios como a noite.
Não podemos medir a temperatura dos olhos, mas a sinestesia nos permite usar essa figura de linguagem.

Perífrase:

Substitui-se uma ou mais palavras pior outra que garanta o mesmo sentido. Por exemplo:
• O rei da selva não caça. Quem caça são as leoas.
“O rei da selva” é, na verdade, o leão.
Figuras de pensamento
Esse tipo de figura combina e relaciona pensamentos e ideias. Alguns exemplos são a ironia, a hipérbole, o eufemismo, litote, ironia, o paradoxo, a gradação e a apóstrofe.

Hipérbole:

É identificada quando usamos de algum exagero para intensificar uma frase. Por exemplo:
• Ela demorou mil horas para se aprontar.

Eufemismo:

Usado para amenizar o sentido de uma frase:
• Ele partiu dessa para melhor.
Significa que a pessoa morreu.

Litote:

Também é usado para amenizar o sentido de uma frase que pode soar dura. Exemplo:
• Não é que a comida esteja ruim….

Ironia:

Uma das figuras de linguagens mais usadas. Ela é aplicada para dar o sentido contrário do que é dito.
• Ele é realmente muito inteligente. Tanto que reprovou.

Personificação:

Usamos uma atribuição ou qualidade humana para situações de objetos e/ ou seres irracionais.
• A noite a fitava de maneira obscura e concentrada.

Antítese:

A utilização de termos contrários.
• Não há paz sem guerra.
Paradoxo:

Também é usado com termos contrários, porém, não apenas nas palavras, mas na ideia.
• Ela estava cega de amor, pois só enxergava o seu marido.

Gradação:

Passa a ideia de uma evolução gradativa sobre algo.
• Ela estava quieta, depois agitada, até chegar ao êxtase.

Apóstrofe:

Se trata de uma ênfase dada a alguma expressão.
• Por deus! Não aguento mais trabalhar.

Figuras de sintaxe ou construção:

Aqui temos um modelo que interfere diretamente na estrutura de uma frase no que diz respeito a sua gramática. Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.

Elipse:

A elipse consiste na omissão de uma palavra que podemos saber qual é sem dificuldades:
• Tamara ele esteja em casa. (Tomara que ele esteja em casa).

Zeugma:

Também omitimos um termo, porém, pelo fato de ele já ter sido usado:
• Fiz a conclusão. Ele (fez) a introdução.

Hipérbato:

O Hipérbato é uma das figuras de linguagem que mexem com a estrutura de uma frase, mudando sua forma direta.
• São lindos os seus cabelos.

Polissíndeto:

O uso de conectivos (e, ou, nem) repetidas vezes.
• Elas riam, e gritavam, e se divertiam na piscina.

Assíndeto:

Omitem os conectivos repetitivos:
• Não havia flores, velas, diamantes.

Anacoluto:

Representa uma mudança repentina na frase que pode causar estranhezas.
• O quadro na parede eu estou acostumado com ele. Porém, você pode levar.

Pleonasmo:

A repetição de uma palavra ou ideia que já está clara no texto.
• A mim me parece que está tudo pronto.

Silepse:

A silepse representa uma concordância com uma ideia que deve ser transmitida.
• Eles vivem na linda e a agitada São Paulo.
(Eles vivem na linda e agitada CIDADE de São Paulo).

Anáfora:

A anáfora representa a repetição de palavras de maneira regular.
• Se você for, se você ficar, se você mudar…não importa para mim.

Figuras de som:

São usadas para imitar ou expressar a sonoridade de alguma coisa. Também são usadas para deixar o texto mais bonito e poético.

Aliteração

Repetição de sons consonantais:
• “Chove chuva.
Chove sem parar”. (Jorge Ben Jor)

Paronomásia:

Quando usamos palavras com sonoridades muito parecidas.
• Ela precisava absolver o pai para absorver a ideia do que aconteceu.

Assonância

A assonância é a repetição de sons vocálicos.
Exemplos:
• “O que o vago e incógnito desejo / de ser eu mesmo de meu ser me deu.” (Fernando Pessoa)

Onomatopeia

Palavras que imitam os sons:
• Ele mordia a maçã: nhac, nhac.
Essa são as figuras de linguagem. Elas podem ser usadas em diversas situações para enriquecer o texto ou trazer uma amplitude em seu significado.

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